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Atualmente, a Arcturus está presente em quase 40 países e tem se disseminado em território indiano desde o início do ano, tornando-se a cepa dominante na região após uma onda de novas infecções. Essa variante é derivada da linhagem BA.2 – que, por sua vez, evoluiu da Ômicron – e tem apresentado rápida disseminação também nos Estados Unidos.
De acordo com a OMS, embora a XBB.1.16 pareça se espalhar com mais facilidade do que suas cepas anteriores e introduza sintomas como conjuntivite e quadros de febre alta, ela não modificou a gravidade da covid-19 nos indivíduos infectados. No entanto, fatores como a transmissibilidade e o escape imune continuam sendo monitorados por especialistas para entender o caráter da variante.
No Brasil, o primeiro caso de infecção pela Arcturus foi anunciado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (28) e posteriormente validado pela Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) de São Paulo. A Secretaria Municipal da Saúde informou em nota que a detecção ocorreu em um homem de 75 anos que apresentava sintomas gripais e quadro febril.
Ele tinha esquema vacinal completo, incluindo dose bivalente, e ficou internado no Hospital Israelita Albert Einstein de 7 a 27 de abril, quando recebeu alta.
O governo afirmou que “as evidências atuais relacionadas a esta linhagem da variante Ômicron não indicam risco adicional à saúde pública se comparada à XBB.1.5 [principal linhagem em circulação no Brasil atualmente], bem como não há evidências de alteração na gravidade dos casos”.
Sintomas e importância da vacinação
A nova cepa é caracterizada por conjuntivite (principalmente em crianças), tosse seca e episódios de febre persistentes. Em entrevista ao portal CNN Brasil, o epidemiologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Jesem Orellana, diz que não é possível determinar se a Arcturus pode causar um desastre sanitário, mas garante que as atuais vacinas distribuídas no país protegem a população contra a variante.
“Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por Covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, destaca.
Ainda de acordo com o especialista, apesar de recente, o surgimento da XBB.1.6 “mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco.