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Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, faleceu na noite desta segunda-feira (8), aos 75 anos. Ela havia sido diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha realizando tratamentos contra a doença.
A família de Rita divulgou um comunicado nas redes sociais da cantora: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h.
Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. Seu pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos Estados Unidos, e sua mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista e incentivou a filha a estudar música.
Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals.
Em 1964 ela entrou em um grupo de rock chamado Six Sided Rockers que, depois de algumas mudanças de formações e de nomes, deu origem aos Mutantes em 1966. O grupo foi fundamental no movimento tropicalista ao unir a psicodelia aos ritmos locais, e se tornou o grupo brasileiro com maior reconhecimento entre músicos de rock do mundo.
Rita Lee fez parte dos Mutantes no período mais relevante e criativo da banda, de 1966 a 1972, e gravou vários álbuns de sucesso. Em seguida, iniciou sua carreira solo e lançou muitos hits de pop-rock que a consagraram como uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos.
Rita Lee sempre foi uma referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. Ela foi a padroeira da liberdade e inspirou gerações de artistas brasileiros.
