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Na última reunião da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, realizada em Orlando (EUA), foram apresentados resultados promissores de um estudo clínico sobre a eficácia da combinação de uma vacina experimental contra o câncer de pele da Moderna com o medicamento Keytruda da Merck.
De acordo com os pesquisadores, a adição da vacina de mRNA ao tratamento com o Keytruda foi 44% mais eficaz do que a imunoterapia sozinha. A vacina é projetada para treinar o sistema imunológico do paciente para reconhecer e atacar mutações específicas de células cancerígenas. Já o Keytruda pertence à classe de inibidores de ponto de verificação, que desativam ou matam a proteína que ajuda o câncer a escapar do sistema imunológico.
Os resultados preliminares do estudo apresentaram uma redução significativa do risco de morte e volta da doença em pacientes que apresentavam alto risco de retorno do melanoma. Entre os 107 participantes que receberam a vacina experimental e o Keytruda, 24 (22,4%) tiveram o retorno do câncer dentro de dois anos de acompanhamento. Para os 50 tratados apenas com o Keytruda, o retorno do câncer foi observado em 20 (40%).
Ryan Sullivan, especialista em melanoma do Mass General Cancer, disse em comunicado que “do ponto de vista terapêutico geral do câncer, este é um grande avanço em potencial”. A vacina experimental contra o câncer de pele da Moderna utiliza a mesma tecnologia do imunizante da empresa contra a Covid-19. As farmacêuticas parceiras apresentaram dados preliminares em dezembro de 2022.