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O Fórum de Entidades de Búzios quer a paralisação imediata das obras do Centro Histórico da cidade, que vêm sendo executadas pela prefeitura, até a apresentação de um projeto de acordo com normas técnicas, alinhado com os anseios da população. O pedido está em uma ‘Carta aberta às autoridades’, que será entregue ao prefeito Alexandre Martins, e foi lida durante Audiência Pública em Defesa do Centro Histórico da cidade, na Câmara Municipal, com o objetivo de discutir as obras e apresentar propostas alternativas para revitalização, que preservem a identidade do local.
O projeto tem sido alvo de críticas de arquitetos, urbanistas e da população local. Além da substituição do tradicional piso de paralelepípedo por blocos de concreto, menos duráveis, as calçadas estão sendo niveladas com as ruas, o que coloca pedestres em risco. O arquiteto Octávio Raja Gabáglia, criador do chamado ‘Estilo Búzios’, em recente postagem em uma rede social, entrou na polêmica e pregou o equilíbrio, mas frisou que é importante considerar outros fatores de acessibilidade, independentemente da escolha entre paralelepípedos e blocos intertravados.
O arquiteto sugere uma solução intercalando os dois tipos de superfície. Otavinho diz que nas ruas em que as calçadas forem niveladas, é fundamental que o mesmo nível seja exclusivo ou preferencialmente para pedestres. Ele teme que ao nivelar tudo, se crie novos estacionamentos, o que tiraria espaço dos pedestres. O arquiteto lembra que existem duas ruas específicas, a Manoel José Carvalho (Celso Terra) e a Travessa dos Pescadores, que são vias de penetração e precisam de uma via de ligação entre elas, que pode ser a Cesar Augusto (onde fica o Café Porteño). E sugere que as três ruas continuem utilizando paralelepípedos e calçadas acima do nível da rua, já que serão para tráfego direto de veículos.
Octávio Raja Gabáglia também defende a realização de outras intervenções para tornar o centro mais atrativo para passeios, como aconteceu com o Porto da Barra, e destaca ser importante que o projeto também resolva questões relacionadas ao esgoto, evitando a necessidade de futuras intervenções e a necessidade de um canal de passagem para fiação subterrânea.