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O advogado Luciano Régis afirmou que o depoimento de Glaidson Acácio dos Santos ontem na CPI das Pirâmides Financeiras revelou o que ele já sabia: o dono da GAS Consultoria não paga aos milhares de investidores lesados no esquema porque não quer.
O advogado ficou surpreso com as declarações do “Faraó dos Bitcoins”, que afirmou aos deputados da CPI que os clientes só serão ressarcidos quando ele for colocado em liberdade. O advogado lembrou que Glaidson deve ser condenado a pelo menos cinquenta anos de prisão.
Luciano Régis, que auxilia a promotoria no processo em que o dono da GAS é acusado de ordenar a execução do trader Luciano Pessano, assassinado a tiros em São Pedro da Aldeia em agosto de 2021, disse não acreditar que os clientes da empresa consigam reaver seus investimentos. Segundo ele, quem mata por dinheiro não paga aos credores.
O presidente da CPI das Pirâmides Financeiras, deputado Áureo Ribeiro, solicitará a quebra dos sigilos fiscal, bancário e de dados de Glaidson Acácio dos Santos e da venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa. Glaidson foi ouvido por videoconferência ontem pela CPI. O deputado também solicitará à Polícia Federal o compartilhamento de provas com a CPI. Glaidson negou que a GAS funcionasse como fachada para um esquema de pirâmide financeira. Ele esclareceu que os clientes não compravam criptomoedas especificamente, mas adquiriam os serviços de negociadores (traders). O deputado Zé Haroldo Cathedral desmentiu o “faraó”, afirmando que o esquema era uma pirâmide, que ele mentiu ao prometer 10% ao mês e repassava aos clientes antigos o dinheiro que arrecadava dos clientes novos.