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Associação de Hotéis e Turismo de Cabo Frio protocola na prefeitura manifesto pró-turismo - Rádio Litoral FM


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Associação de Hotéis e Turismo de Cabo Frio protocola na prefeitura manifesto pró-turismo

Nesta terça-feira, 22 de agosto, o presidente da Associação de Hotéis e Turismo de Cabo Frio, Carlos Cunha, protocolou na Prefeitura de Cabo Frio e na Câmara Municipal da cidade um documento que lista os problemas e soluções do turismo no município.

O Manifesto intitulado “Pró-Turismo” foi elaborado em conjunto por empresários e guias de turismo e tem como objetivo sensibilizar o poder público para que medidas sejam tomadas em caráter de urgência, garantindo condições para que a cidade esteja minimamente preparada para receber os turistas durante a alta temporada deste ano. Quase 200 pessoas, entre profissionais do setor e populares preocupados com o turismo, assinam o documento, que, além de mostrar as urgências, sugere soluções para estas questões.

O documento seria entregue em mãos à prefeita Magdala Furtado, mas a gestora do município cancelou as agendas com membros da Associação por três vezes consecutivas. Por esse motivo, a direção da entidade preferiu protocolar na Câmara e na Prefeitura o manifesto.

O manifesto pede a realização de obras estruturais necessárias; cobra clareza nas regras e na comunicação dos decretos que limitam o acesso de ônibus de turismo na cidade; busca garantias da realização dos eventos do calendário oficial de Cabo Frio; e pede a divulgação do planejamento para o verão.

“Vamos ter neste final de semana o Festival Gastronômico no Peró. Até ontem, o evento constava no calendário da cidade, mas não havia menção a ele nas redes sociais oficiais da prefeitura. Ele não está confirmado? Não devemos divulgar aos hóspedes? Essas são algumas das questões cotidianas que vivemos. Não vendemos pão; o turista se programa para viajar e tem acesso com antecedência às informações turísticas daquela cidade”, esclarece Carlos Cunha.

Atualmente, os associados da Associação de Hotéis e Turismo de Cabo Frio empregam aproximadamente 1.000 profissionais do setor. O trade turístico é responsável por gerar emprego e renda para diversas outras famílias, incluindo os empregos ofertados em bares, restaurantes, lanchonetes e comércio em geral, além da movimentação financeira de artistas e artesãos locais de forma direta, e ainda empregos de forma indireta.

“Cabo Frio é uma cidade turística, e como tal, todas as empresas aqui instaladas dependem do turismo. A loja que vende tinta e material de construção se beneficia das reformas que os meios de hospedagens realizam para melhor acomodar seus hóspedes; os mercados, farmácias, salões de beleza, etc. O dinheiro gerado pela atividade turística é diretamente injetado na cidade. O turismo continua sendo colocado de lado como se ele fosse uma pasta com menor importância para a estrutura do município, quando na verdade ele é o principal gerador de emprego e renda. Hoje, Cabo Frio é extremamente dependente dos royalties do petróleo, mas sabemos que este é finito. Porém, o turismo, se bem trabalhado, é infinito. É nossa única indústria”, ressalta o presidente da Associação, Carlos Cunha.

Abaixo, conheça o teor do manifesto entregue na Câmara e na Prefeitura:

Manifesto Pró-Turismo

À: Prefeitura Municipal de Cabo Frio

Atenção: Sra. Prefeita Magdala Furtado

Os abaixo-assinados (empresários, comerciantes, profissionais liberais, autônomos e populares), cientes da importância do turismo para a economia da cidade, bem como da necessidade de melhorias na área para tornar o destino competitivo e atraente, fomentando assim o desenvolvimento econômico e social do município e sua população, vêm, respeitosamente, através deste, apresentar o presente “Manifesto”.

Este documento tem o intuito de alertar as autoridades públicas da nossa cidade sobre a urgência na tomada de decisões e medidas imediatas que viabilizem a atividade turística do município.

Sendo assim, salientamos:

  1. O orçamento de 2023 do Município é de R$ 1.235.011.100,00, segundo a Lei 559/2022, aprovada na Câmara dos Vereadores em 13/12/2022, valor este nunca antes visto na história da cidade. (Fonte: https://cabofrio.rj.leg.br/camara-aprova-lei-orcamentaria-anual-2023/#:~:text=O%20or%C3%A7amento%20do%20munic%C3%ADpio%20para,crescimento%20de%2011%2C7%25)
  2. A arrecadação de receitas próprias aumentou em 27,5% no município apenas no primeiro quadrimestre de 2023. (Fonte: https://fazenda.cabofrio.rj.gov.br/cabo-frio-registra-aumento-na-arrecadacao-de-receitas-proprias-no-primeiro-quadrimestre-do-ano/)
  3. A visível falta de investimentos em infraestrutura turística da cidade, evidenciada pelo estado precário em que se encontram a maioria dos pontos turísticos, e a qualidade das vias de acesso e circulação (dentre outros).
  4. A demora nas reformas dos principais pontos turísticos da cidade, como por exemplo do calçadão da Praia do Forte; da Praça das Águas; do Mirante do Arpoador; das calçadas do Boulevard Canal; do Mirante do Morro da Guia; da Rua dos Biquinis; e do calçadão da Praia do Peró.
  5. A péssima estrutura do Terminal de Ônibus de Turismo e do Terminal Rodoviário, portas de entrada de muitos turistas que visitam nossa cidade.
  6. As constantes mudanças sem prévio aviso das regras de acesso dos ônibus de excursão a se hospedarem nos meios de hospedagem regularizados da cidade.
  7. A falta de um Calendário de Eventos robusto, confiável e atrativo, que o trade turístico possa utilizar para atrair turistas ao município.
  8. A falha constante na divulgação dos eventos, onde normalmente só são divulgados dias antes de acontecerem, o que impossibilita ao trade uma maior divulgação e dificulta aos turistas o planejamento para poderem visitar nossa cidade e prestigiar esses eventos.
  9. A queda acentuada na procura de turistas pelo nosso destino, evidenciada pelo fracasso na taxa de ocupação hoteleira do último feriado de Corpus Christi e durante as férias escolares de Julho, onde a média ficou apenas em 48%. Essa baixa ocupação refletiu em todo o comércio da cidade, que amargou prejuízos, pouco ou nenhum movimento e escassez de vendas.
  10. O baixo movimento acima citado vem se repetindo desde o mês de maio, e os números mostram que continuará durante os próximos meses. A procura pelo nosso destino turístico é praticamente nula, proporcional aos atrativos que podemos oferecer em nossa cidade, visto que, até o presente momento, só podemos utilizar como chamariz nossas belezas naturais.
  11. Enfrentamos uma dificuldade enorme em vender o “destino turístico Cabo Frio”, visto que perdemos em competitividade para diversas outras cidades que possuem calendário de eventos atrativo e amplamente divulgado, belezas naturais (nem tão belas como as nossas, mas em boas condições de uso), pontos turísticos bem cuidados, regras claras e conhecidas por todos, facilidade de locomoção pela cidade e infraestrutura adequada.
  12. Diversas promoções são lançadas pelos comerciantes locais, bem como muitas campanhas de marketing e feiras de turismo visitadas. Porém, de nada adianta esse esforço da iniciativa privada se não temos uma cidade em condições de receber os visitantes.
  13. O índice de desemprego em nossa cidade tende a aumentar assustadoramente ainda este mês, assim como a queda do faturamento do comércio e, consequentemente, da arrecadação municipal. Isto se explica pelo fato da diminuição das vendas e falta de clientes.
  14. A informalidade avança a largos passos, ameaçando os empregadores formais que, com muito sacrifício, ainda conseguem manter seus negócios em funcionamento. Como exemplo disso, temos nossas praias, que a cada feriado são tomadas por vendedores sem nenhum tipo de autorização, em detrimento daqueles que legalmente poderiam retirar seu sustento desses locais.
  15. O necessário cuidado com a “hospitalidade” e “profissionalismo” que precisamos demonstrar aos nossos visitantes.
  16. A proximidade da alta temporada 2023/2024.

Pelos motivos acima elencados, estamos convictos da necessidade urgente de reverter esse quadro caótico que se apresenta. Necessitamos evitar a “quebradeira geral” que assombra nossos comércios e empresas, e consequentemente, a demissão de nossa mão de obra.

Necessária se faz a imediata e urgente atuação do Poder Público na parte que lhe compete, ou seja, na organização, fiscalização e reforma dos equipamentos turísticos.

Sabemos dos diversos outros problemas que a cidade enfrenta há anos, bem como das questões urgentes que tem à resolver além do turismo. Mas lembramos que o turismo é a única indústria de nossa cidade, a nossa maior vocação, o responsável pela geração de inúmeros empregos e renda.

Fomos inegavelmente pacientes aguardando soluções. Mas passados mais de 2 anos de governo, com a crise financeira agravada por fatores como o reflexo da pandemia e o inadimplemento da HURB, além da ameaça de perdermos nossos empregos, chegamos ao limite.

Desta forma, requeremos com máxima urgência:

Que sejam reformados imediatamente os seguintes pontos e equipamentos turísticos: • Calçadão da Praia do Forte; • Praça das Águas; • Mirante do Arpoador; • Calçadas do Boulevard Canal; • Mirante do Morro da Guia; • Rua dos Biquinis; • Calçadão da Praia do Peró; • Orla de Tamoios; • Terminal de Ônibus de Turismo.

Que as principais vias de acesso e corredores turísticos sejam recapeados, asfaltados, com meio-fios pintados, iluminados e sinalizados, garantindo assim uma melhor mobilidade dos turistas sem riscos de caírem em buracos.

A definição de regras claras de acesso dos ônibus de excursão aos meios de hospedagem, com ampla divulgação e evitando mudanças nas regras. Caso as mudanças sejam estritamente necessárias, que sejam comunicadas com prazo de 180 dias antes de acontecerem.

Que seja permitido o acesso irrestrito de ônibus de excursão aos hotéis e pousadas que possuem locais particulares para guardar esses veículos (obviamente, permanecendo obrigatória a cobrança da respectiva taxa municipal de acesso). Dessa forma, conseguiríamos inibir a prática de estacionar os ônibus em São Pedro e fazer o transporte de passageiros de forma irregular aos meios de hospedagem. Além de aumentarmos a arrecadação do município, as vagas do TOT ficariam apenas para os meios de hospedagem (hotéis e casas) que não possuem estacionamento próprio. Esta regra não se aplicaria aos hotéis e pousadas localizados em ruas que não comportam a passagem de ônibus.

Que seja liberada a passagem de ônibus de excursão na Rua do Moinho (Peró), visto que, conforme devidamente comprovado pelos técnicos da Secretaria de Mobilidade, tal via comporta perfeitamente esses veículos, e a proibição prejudica diversos meios de hospedagem da localidade.

A elaboração de um Calendário de Eventos que seja realmente realizado, com garantias de que os eventos aconteçam, sejam atrativos e tenham ampla divulgação antecipada em rede nacional.

A divulgação imediata do Planejamento para o Verão 23/24, com ampla divulgação das ações e do quantitativo de mão de obra disponível para a temporada, bem como em quais setores.

Uma efetiva ação de fiscalização reprimindo de vez a atuação de flanelinhas e vendedores informais, bem como de produtos irregulares.

Nunca é demais lembrar a máxima que diz: “uma cidade boa para o turista é sempre, essencialmente, boa para o morador”.

Certos de vossa atenção.

Cabo Frio, 22 de Agosto de 2023

PARA INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES, ENTRE EM CONTATO COM A ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE HOTÉIS E TURISMO DE CABO FRIO Aya Comunicação Criativa Atendimento: Cacau Araújo – ayacomunicacaocriativa@gmail.com (22) 99928-5111.

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