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Governo Federal debocha de cassação de Deltan Dallagnol em publicação nas redes sociais

Nesta quarta-feira, a conta oficial do governo do presidente Lula (PT) fez uma postagem que simulava um powerpoint sobre os 137 dias de mandato do atual gestor. A publicação fazia referência à cassação do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

No post, a comunicação destacava conquistas da atual gestão, como a queda da inflação e a valorização do salário mínimo, utilizando o mesmo estilo de diagramação de uma apresentação realizada pelo ex-procurador da República, quando coordenava a Operação Lava-Jato, em setembro de 2016. Na ocasião conhecida como “Powerpoint do Dallagnol”, ele acusou o presidente Lula de liderar um grupo criminoso envolvendo desvio de dinheiro na Petrobras, no caso do triplex.

Posteriormente, a condenação de Lula foi anulada e Deltan Dallagnol foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar uma indenização de R$ 75 mil por danos morais ao ex-presidente.

O texto da postagem afirmava: “O Governo segue trabalhando para melhorar a vida da população, com programas como o Brasil Sorridente, Mais Médicos, Bolsa Família, entre outras conquistas. Temos convicção de que ainda temos muito trabalho pela frente, é só o começo da união e reconstrução de um Brasil melhor”. A publicação foi compartilhada por outros perfis oficiais, como o da Secretaria de Comunicação e o do presidente da República.

A postagem foi feita um dia após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar o mandato de Deltan Dallagnol. Segundo a Corte Eleitoral, o ex-procurador pediu exoneração do Ministério Público para evitar punição.

Essa não é a primeira vez que o governo utiliza seus canais oficiais para ironizar adversários. Após o escândalo das joias da Arábia Saudita envolvendo o casal Michelle e Jair Bolsonaro, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República lançou uma campanha publicitária para a declaração do imposto de renda de 2023. A propaganda, postada nas redes sociais, brincava com o caso, questionando: “E aí, tudo joia?”.

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