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A prefeitura de Iguaba Grande informou ontem, em nota em uma rede social, que vai instaurar sindicância para apurar as circunstâncias da morte da universitária Bruna Terra após uma série de idas e vindas à UPA em busca de atendimento médico.
Bruna, segundo a mãe, enfrentou uma via-crúcis que revela não só o caos na saúde da região, mas também o desrespeito com a vida humana. A jovem procurou a unidade na segunda-feira da semana passada com dor de garganta. Ela foi medicada, mas, como não melhorou, na quinta-feira voltou à UPA pela manhã e, depois de quase duas horas, foi atendida apresentando tosse, cansaço e vômito.
Bruna não foi submetida a qualquer exame e o quadro se agravou à noite. Ela retornou à unidade, mas não conseguiu socorro. A estudante de arquitetura voltou no dia seguinte, mas já era tarde demais. Bruna precisou ser entubada. A família conseguiu uma vaga de UTI em Volta Redonda, mas ela morreu a caminho do hospital.
A morte da estudante de arquitetura e a nota da prefeitura, três dias depois do caso, provocaram comoção e revolta na cidade. O relato da mãe publicado em uma rede social já conta com mais de 350 compartilhamentos. Moradores cobram fiscalização da Câmara, que os vereadores quebrem o silêncio e se pronunciem sobre o caso e lembram que Bruna não é a primeira vítima de negligência na unidade.
Uma moradora conta que procurou a UPA com a filha passando mal e encontrou a unidade lotada, com pessoas no chão gemendo de dor. Ela revela que chegou à unidade às oito da manhã e só conseguiu atendimento às quatro da tarde. A população cobra o término da obra de reforma e ampliação da unidade, iniciada em maio do ano passado e que deveria ter sido concluída em março.